Portas: "Possível violação da privacidade" do PR é "assunto muito sério"

O líder do CDS-PP considerou hoje que a "possível violação da privacidade" do Presidente da República é um "assunto muito sério" e diz que "estará atento" às informações que Cavaco Silva disse que ia solicitar.
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"A possível violação da privacidade de um Presidente da República é um assunto muito sério. A possível violação da privacidade de um jornalista é um assunto muito sério", afirmou Paulo Portas, falando aos jornalistas à margem do início de uma arruada no centro de Guimarães, em mais uma acção de campanha para as legislativas.

O líder do CDS acrescentou que não vai abordar o caso "no quadro de uma campanha eleitoral" mas promete "estar muito atento às informações que o Chefe de Estado já afirmou que vai solicitar sobre matérias de segurança".

Na edição de hoje, o DN avança que Fernando Lima foi a fonte do diário Público nas notícias que sucederam à sua manchete de 18 de Agosto, já em pré-campanha eleitoral, segundo a qual Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo liderado por José Sócrates.

Essa suspeita foi formulada a propósito de críticas do PS quanto à alegada participação de assessores de Cavaco Silva na elaboração do programa eleitoral do PSD. Na notícia do Público, uma fonte de Belém questionava a forma como os socialistas poderiam saber dessa participação.

Entretanto, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, já tinha adiantado o nome de Fernando Lima como a fonte da notícia do Público em entrevista à SIC.

Foi na sequência desta manchete que o Público noticiou que as alegadas suspeitas de Cavaco Silva quanto a uma vigilância do Governo remontavam à visita do Presidente à Madeira em 2008, na qual teria sido observado um comportamento suspeito por parte de um assessor governamental, Rui Paulo Figueiredo.

Hoje, o DN publica uma alegada mensagem de correio electrónico entre o editor de política do Público, Luciano Alvarez, e o correspondente da Madeira, Tolentino de Nóbrega, com instruções para seguir pistas fornecidas por Fernando Lima quanto a essa suspeita, supostamente por ordem directa de Cavaco Silva.

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